ESTRELAS NO TETO

ESTRELAS NO TETO
Eram de todos os formatos e tamanhos.
Onze pontas. Sete. Seis. Três.
Mas eram estrelas e brilhavam.
O coruscante brilho prendia meu olhar.
Uma delas parecia o brilho de outra cobiçar.
Porque mais ainda queria brilhar.
E nada conseguia me escapar.
Eram estrelas no teto.
Vinham suprir minha falta de afeto.
Sentia-me naquela hora um feto.
O céu que se estampava lá no alto
preenchia minha noite vazia.
preenchia minha noite vazia.
Era como uma placenta a me acolher.
A me proteger.
Era uma ilusão de meus sentidos.
Pobre sonhadora!
De céus particulares... uma criadora.
(Sonia Delsin)
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