ARTE POÉTICA

Arte Poética
Assim, amigo, desejaria eu escrever:
Como um galho de árvore seca
Entretanto úmido da noite.
Como quem estende a mão, esquecido de si próprio,
Aos que a dor ameaça afogar em desespero,
Num ímpeto de secreta fraternidade.
Despreocupado e quotidiano como a conversa
Dos que não sabem que em breve vão morrer de repente.
Sem adormecer a consciência de ninguém
Mas sem tirar o sono a nenhum corpo.
Modesto como quem serve à mesa
Leve como quem fala com menino
Natural como os bichos na floresta
Teimoso como quem quebra pedra no sol.
(Odylo Costa Filho)
Assim, amigo, desejaria eu escrever:
Como um galho de árvore seca
Entretanto úmido da noite.
Como quem estende a mão, esquecido de si próprio,
Aos que a dor ameaça afogar em desespero,
Num ímpeto de secreta fraternidade.
Despreocupado e quotidiano como a conversa
Dos que não sabem que em breve vão morrer de repente.
Sem adormecer a consciência de ninguém
Mas sem tirar o sono a nenhum corpo.
Modesto como quem serve à mesa
Leve como quem fala com menino
Natural como os bichos na floresta
Teimoso como quem quebra pedra no sol.
(Odylo Costa Filho)
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