JANEIRO

J A N E I R O
Janeiro descia com as chuvas
e inventava besouros.
E borboletas e pássaros e girinos e
Caminhávamos descalços no barro
E lá estavam as lavadeiras com suas coxas
Morenas e fortes como a água
E que todas as noites me assombravam, calidamente.
Janeiro soprava um vento de primeiro instante de tudo
E o que respirávamos se chamava manhã e foi
O que eu quis te ofertar porque eras tão bela.
Mas isso aconteceu depois, Depois como agora.
Para nunca mais. E é para sempre este exílio.
(Ruy Espinheira Filho)
Janeiro descia com as chuvas
e inventava besouros.
E borboletas e pássaros e girinos e
Caminhávamos descalços no barro
E lá estavam as lavadeiras com suas coxas
Morenas e fortes como a água
E que todas as noites me assombravam, calidamente.
Janeiro soprava um vento de primeiro instante de tudo
E o que respirávamos se chamava manhã e foi
O que eu quis te ofertar porque eras tão bela.
Mas isso aconteceu depois, Depois como agora.
Para nunca mais. E é para sempre este exílio.
(Ruy Espinheira Filho)
<< Home